Brasil estagnado na redução de emissões de gases de efeito estufa, alerta estudo internacional
Nos últimos cinco anos, o Brasil não apresentou progresso significativo na redução de suas emissões de gases de efeito estufa, comprometendo sua contribuição para o cumprimento do Acordo de Paris, que visa limitar o aquecimento global a 1,5°C acima dos níveis pré-industriais. O alerta vem de um estudo do projeto Ascor (Avaliação de Oportunidades e Riscos Climáticos Soberanos), conduzido em parceria com a LSE (London School of Economics and Political Science) e que avaliou dados de 70 países. A Folha de S.Paulo teve acesso à parte do relatório que aborda a situação brasileira, com a publicação completa do levantamento prevista para esta terça-feira, 5 de novembro.
Análise: O Brasil, o Acordo de Paris e a necessidade de ações reais no combate às emissões
A falta de avanço do Brasil na redução de emissões de gases de efeito estufa levanta preocupações profundas e questiona o comprometimento do país com as metas climáticas globais. Para uma visão conservadora, essa situação destaca a necessidade de políticas ambientais que realmente considerem o desenvolvimento sustentável, mas que evitem imposições ideológicas que coloquem em risco a soberania nacional e o crescimento econômico.
O Brasil, com suas vastas reservas de recursos naturais, tem a capacidade única de liderar com uma agenda ambiental própria, que combine conservação e progresso econômico. No entanto, a estagnação nas reduções de emissões reflete um cenário onde as políticas climáticas ainda estão mais concentradas em compromissos abstratos do que em medidas práticas que incentivem, de fato, a preservação e o uso responsável dos recursos naturais. O país precisa encontrar maneiras de alinhar práticas sustentáveis ao crescimento econômico e à geração de empregos, além de evitar pressões externas que, muitas vezes, buscam restringir nosso desenvolvimento sob a justificativa de proteger o meio ambiente.
Além disso, para o Brasil atingir metas ambiciosas, é essencial um esforço de inovação tecnológica e fortalecimento de setores como o agropecuário, que já mostra eficiência em práticas sustentáveis, mas ainda é frequentemente visado em discussões internacionais. A verdadeira liderança ambiental do Brasil deve focar em iniciativas próprias que promovam tanto a sustentabilidade quanto a competitividade nacional, assegurando que o país faça sua parte no combate ao aquecimento global sem comprometer o bem-estar econômico de sua população.