A promessa de cortes no gasto público e a realidade de um governo marcado pelo intervencionismo

Lula deve anunciar pacote de cortes de gastos nesta semana, segundo Haddad

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva planeja anunciar, nos próximos dias, um pacote de medidas para reduzir os gastos do governo federal, conforme revelado pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad. A declaração foi feita durante entrevista ao canal francês TF1, na última sexta-feira, dia 1º.

O governo já tem agendado um encontro entre Lula, Haddad e o ministro da Casa Civil, Rui Costa, para esta segunda-feira no Palácio do Planalto. A reunião deve abordar as principais propostas para cortes de despesas, embora ainda não haja um horário específico para o encontro, que deve ocorrer no período da tarde.


Análise: A promessa de cortes no gasto público e a realidade de um governo marcado pelo intervencionismo

O anúncio de um possível pacote de cortes nos gastos do governo federal, pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, representa uma tentativa do governo de passar a imagem de responsabilidade fiscal. Contudo, para muitos analistas de direita, a sinalização de cortes é vista com ceticismo, dada a postura frequentemente intervencionista que marcou os primeiros meses da nova gestão.

Fernando Haddad, conhecido por defender um modelo de expansão de gastos, agora fala em redução de despesas, possivelmente para acalmar o mercado e atrair investimentos externos, especialmente em um momento de alta da dívida pública. No entanto, muitos se perguntam se esses cortes serão substanciais ou se apenas representarão um ajuste superficial para aliviar a pressão momentânea, sem um impacto real no controle das finanças do governo.

Além disso, ao considerar o histórico das administrações petistas, há um receio de que o governo acabe direcionando recursos para projetos com viés ideológico, deixando de lado necessidades mais urgentes e fundamentais para o desenvolvimento econômico. A experiência de quem acompanha a política econômica brasileira sugere que os gastos governamentais, mesmo sob o rótulo de “corte”, tendem a seguir crescendo, especialmente em áreas que sustentam a base política do governo, ao invés de promover uma redução efetiva e duradoura do peso do Estado sobre a economia.

Se Lula deseja, de fato, provar um compromisso com a austeridade, será necessário adotar medidas de impacto, algo que muitos consideram improvável, dado o alinhamento da equipe econômica com uma agenda de forte presença estatal.

Leave a Reply

Your email address will not be published. Required fields are marked *